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Modo de vida imperial

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Modo de vida imperial:
sobre a exploração de seres humanos e da natureza no capitalismo global
Autores: Ulrich Brand & Markus Wissen
Apresentação: Annette von Schönfeld
Prefácio: Camila Moreno
Edição: Tadeu Breda
Assistência de edição: Natalia Engler
Preparação: Natalia Guerrero
Revisão: Luiza Brandino & Laura Massunari
Projeto gráfico: Bianca Oliveira
Diagramação: Denise Matsumoto
Capa: Tadeu Breda & Bianca Oliveira
Lançamento: março de 2021
Páginas: 348
Dimensões: 13 x 21 cm
ISBN: 9786587235325

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Descrição

O conceito de modo de vida imperial tenciona compreender melhor a constelação global de poder e dominação que é reproduzida — por meio de inúmeras estratégias, práticas e consequências imprevistas — em todas as escalas espaciais e sociais: dos corpos, mentes e ações cotidianas que atravessam as regiões e as sociedades até as estruturas (invisíveis e invisibilizadas) que propiciam as interações globais, e também reproduzem relações altamente destrutivas entre a sociedade e a natureza, com enormes transferências de material biofísico. Isso ocorre não apenas entre regiões distintas de um mesmo país, mas em escala global — e se constitui por relações de dominação, as quais, ao mesmo tempo, reproduz. […] À medida que países emergentes como China, Índia e Brasil se desenvolvem como economias capitalistas, suas classes médias e altas adotam as práticas e representações da “boa vida” típicas do Norte Global, aumentando também sua demanda por recursos e a necessidade de se externalizarem custos, como as emissões de CO2. Consequentemente, eles se tornam concorrentes do Norte Global, não apenas no âmbito econômico, mas também no ecológico. O resultado são as tensões ecoimperiais que se cristalizam nas políticas climáticas e energéticas ao redor do mundo, por exemplo.

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Reproduzimos diariamente, como indivíduos e como sociedade, pensamentos e atitudes impostas pelo imperialismo que há décadas emana dos países centrais do capitalismo, a ponto de que esse “modo de vida imperial” acabou se naturalizando entre a maioria dos seres humanos como a única maneira de se alcançar felicidade, conforto e bem-estar. Neste livro, Ulrich Brand e Markus Wissen complexificam a análise sobre a dominação, apontando para elementos da exploração dos seres humanos e da natureza escondidos — ou nem tanto — em nosso cotidiano, tanto nos países “desenvolvidos” como nos “emergentes”. O resultado é uma obra profunda e acessível, que nos convida a buscar, por meio da crítica e da prática, a construção de modos de vida solidários como forma de desarmar a constante modernização do capitalismo — que agora busca se disfarçar com os tons verdes do ecologismo.

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Com “modo de vida imperial”, o livro lança um termo novo para o debate sobre os sistemas de desigualdade inerentes ao capitalismo. Esse termo tenta construir pontes entre o dia a dia de cada uma e cada um, entre os processos produtivos globais e o consumo global, aludindo também às políticas públicas implicadas. O livro descreve como os processos de concentração e privatização dos lucros, por um lado, e externalização de custos sociais e ecológicos, por outro, ocorrem de forma análoga em diversas épocas do capitalismo. A leitura então responde “para onde” são endereçadas essas externalizações, seja na própria sociedade, seja para além de suas fronteiras, ou até mesmo refletidas na “divisão internacional do trabalho”. Trata-se de investigar tanto as externalizações geradas por condições de trabalho precárias quanto aquelas implicadas na crescente interação da natureza com mecanismos de mercado.

— Annette von Schönfeld, na Apresentação

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O modo de vida imperial é um conceito provocativo para que o leitor reflita sobre como se produz e reproduz o nosso modo de vida, materializado no que comemos, o que vestimos, como nos transportamos. Para além de preocupações de “consumo consciente”, oferece a possibilidade de pensarmos sobre todos os hábitos cotidianos e sua repetição irrefletida, uma forma de ser e de estar no mundo transmitida como ideal universal, mas que foi construída e se mantém sobre padrões insustentáveis.

— Camila Moreno, no Prefácio

 

SOBRE os AUTORes

Ulrich Brand e Markus Wissen lecionam e conduzem suas pesquisas na Universidade de Viena e na Escola de Economia e Direito de Berlim, respectivamente. Além disso, trabalham juntos em projetos acadêmicos e políticos desde a década de 1990, incluindo a Bundeskoordination Internationalismus [Coordenação federal de internacionalismo] (Buko), a Assoziation für kritische Gesellschaftsforschung [Associação para pesquisa de crítica social] (AkG) e a Fundação Rosa Luxemburgo. De 2008 a 2012, ambos atuaram no Departamento de Ciência Política da Universidade de Viena. Em Berlim e Viena, preferem andar de bicicleta e entendem isso como uma crítica prática da forma de locomoção imperial e antiquada conhecida como automobilidade. Markus Wissen é editor da revista de ciências sociais críticas Prokla e codiretor do Instituto de Economia Política Internacional da Escola de Economia e Direito de Berlim. Ulrich Brand é coeditor da revista de política alemã e internacional Blätter für deutsche und internationale Politik e foi membro, entre 2011 e 2013, da comissão de trabalho do Parlamento alemão que debateu metas de crescimento econômico, prosperidade e qualidade de vida. Ambos cooperam com o grupo de pesquisa sobre sociedades pós-crescimento da Universidade Friedrich Schiller de Jena, na Alemanha.

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